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Brasil e epidemia de sífilis: 5 curiosidades que você precisa saber sobre a doença

Foto de Samantha Sophia na Unsplash

Foto de Samantha Sophia na Unsplash

Entre todas as infecções sexualmente transmissíveis (ISTs), a sífilis é uma das que mais têm assustado profissionais da saúde. Não pelos efeitos sobre o corpo humano, mas pela possibilidade de subnotificação. Embora seja doença de notificação compulsória, é preciso incentivar a testagem de pessoas com vida sexual ativa.

Apesar disso, dados do Ministério da Saúde já indicam a ocorrência de epidemia da doença. Levantamento divulgado em outubro deste ano indica o registro de 213.129 casos de sífilis adquirida no Brasil, 83.034 casos de sífilis em gestantes e 25.468 casos de sífilis congênita. Além disso, foram notificados 200 óbitos decorrentes da transmissão vertical.

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Diante do quadro, é importante espalharmos o máximo de informação possível sobre a sífilis. Continue a leitura para saber sobre sintomas, tratamento e outras curiosidades da doença.

Como saber se é sífilis

A sífilis é uma infecção sexualmente transmissível (IST), causada pela bactéria Trepanoma pallidum. A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima o surgimento de quase 7 milhões de casos por ano.

No Brasil, é cada vez maior o número de registros. Em 2022, foram 213.129 notificações de sífilis adquirida, 83.034 casos de sífilis em gestantes e 25.468 casos de sífilis congênita — e 200 óbitos decorrentes desse tipo da doença.

O dado indica aumento de 23% no registro de casos em relação ao ano anterior. Em 2021, foram registrados mais de 167 mil novos caso de sífilis adquirida, 74 mil casos em gestantes e 27 mil ocorrências de sífilis congênita. Houve 192 óbitos por sífilis congênita.

Os sintomas da sífilis variam de acordo com o estágio da doença:

Por ser uma IST, a melhor maneira de se proteger da sífilis é usar preservativo em todas as relações sexuais.

Como é o diagnóstico e o tratamento da sífilis

“Barato”, “simples” e “acessível pelo Sistema Único de Saúde (SUS)” são expressões que resumem tanto o diagnóstico quanto o tratamento da sífilis. No primeiro caso, a pessoa pode ir a uma unidade de saúde e solicitar o teste gratuitamente. O resultado sai em no máximo 30 minutos, e não há necessidade de análise laboratorial.

Caso dê positivo para a doença, então uma amostra do sangue deverá ser coletada e encaminhada para um teste em laboratório, a fim de confirmar o diagnóstico. Há ainda a necessidade de avaliação clínico-epidemiológica da mãe do indivíduo e exame físico para apontar o diagnóstico seguro e correto. A partir de então é feito o tratamento com benzetacil, na própria unidade de saúde.

No caso de mulheres grávidas, o tratamento deve ser iniciado com apenas o primeiro teste positivo. Além disso, a administração do antibiótico benzilpenicilina benzatina deve ocorrer até 30 dias antes do parto.

Importante: as mulheres grávidas devem se testar no primeiro trimestre, no terceiro trimestre e no momento do parto. O tratamento adequado pode impedir a transmissão vertical da doença, ou seja, da mãe para o bebê.

Curiosidades para você saber sobre a sífilis

Agora que você já sabe o que é a sífilis, sintomas, como obter diagnóstico e qual a forma de tratamento, é importante conhecer algumas curiosidades sobre essa IST. Confira a seguir!

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Referências

Boletim Epidemiológico de Sífilis (outubro, 2023)
Ministério da Saúde
Drauzio Varella
Unifesp

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