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Câncer de garganta: quais são os riscos de fazer sexo oral desprotegido

Foto de Etty Fidele na Unsplash

O câncer de garganta, especificamente o câncer orofaríngeo, tem chamado a atenção devido ao aumento dos casos nos últimos anos e sua associação ao papiloma vírus humano (HPV). Embora seja um tópico delicado de abordar, é fundamental entender a relação entre o câncer de garganta e o comportamento sexual, bem como as medidas preventivas que podem ser adotadas para reduzir o risco.

Segundo os Centros de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos (‘CDC’, na sigla em inglês), o tipo 16 do tumor é o principal responsável pela doença. Outra característica deste diagnóstico é que ele costuma ocorrer em estágios avançados:

Neste artigo, exploraremos os detalhes dessa conexão, examinaremos os sintomas, riscos e as melhores práticas para proteger sua saúde. Continue a leitura!

Incidência do câncer de garganta

O câncer de garganta, também chamado de câncer de orofaringe, atinge a região das amígdalas e a parte posterior da garganta. Apesar de estar relacionado a hábitos inadequados, como tabagismo e elevado consumo de álcool, esse câncer tem como principal causa a transmissão do HPV, por meio de relações sexuais sem preservativo.

Segundo especialistas, o câncer de garganta demora cerca de 30 anos para se manifestar, e é mais comum em adultos entre 40 e 60 anos. Dados do Instituto Nacional do Câncer (Inca) apontam que o câncer de orofaringe é um dos 10 cânceres que mais atingem os homens.

+ Leia também: O que são, quais os sintomas e os tratamentos possíveis para as hepatites virais

Na cidade de São Paulo, a incidência do câncer de orofaringe relacionado ao HPV dobrou entre 1997 e 2013, segundo estudo da Universidade de São Paulo. Dos 15.391 casos registrados no período, 38,3% eram relacionados ao HPV (quase 5,9 mil casos). Já nos Estados Unidos, 70% dos casos de câncer de faringe nos EUA estão relacionados ao HPV, segundo o CDC.

A estimativa é que o câncer de garganta incida de forma equivalente aos tumores causados por tabagismo em pelo menos sete anos, alcançando o mesmo nível entre 2030 e 2040. Confira abaixo outros destaques sobre a incidência do câncer de garganta:

Causas, sintomas e tratamento do câncer de garganta

O tabagismo é uma das causas do câncer de garganta, no entanto, a doença decorrente do HPV, obtido através da relação sexual sem camisinha, tem se tornado a maior causa desse câncer. Nesse caso, as seguintes práticas podem servir de alerta para evitar a infecção:

Se você estiver lendo esse texto um pouco “tarde”, ou seja, depois de não ter conseguido se precaver, vale se atentar para alguns sintomas do câncer de garganta relacionado ao HPV:

Caso se identifique com ao menos um sintoma da lista, busque um médico imediatamente. Quanto mais cedo começar o tratamento do câncer, maiores são as chances de cura. Além disso, o câncer de garganta responde bem à cirurgia e à radioterapia. A taxa de sobrevida é de 5 anos.

Vacina do HPV

Outra maneira de evitar a infecção pelo HPV é, justamente, tomando a vacina específica para o vírus. Ela está disponível gratuitamente no Sistema Único de Saúde, em duas doses, para públicos específicos.

Pessoas acima de 15 anos devem tomar três doses do imunizante. O intervalo entre uma dose e outra é de seis meses.

Podem tomar a vacina do HPV, pelo SUS:

A vacina protege contra os quatro tipos mais prevalentes do HPV, e é ainda mais eficaz quando aplicada antes de meninos e meninas iniciarem a vida sexual.

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Referências

Site Drauzio Varella
Agência Aids
UOL
CNN Brasil
BBC News Brasil

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