Já faz alguns meses que uma nova doença passou a preocupar. A varíola dos macacos, causada pelo vírus monkeypox, já atingiu mais de 40 países. Antes restrita ao continente africano, hoje já há registro de casos na Europa, na Oceania, nas Américas e no Oriente Médio.
Até o dia 3 de julho, o Brasil havia confirmado 76 casos de varíola dos macacos. Entre os estados atingidos, estão São Paulo, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Ceará, Minas Gerais e Rio Grande do Norte, além do Distrito Federal.
A transmissão ocorre por via oral e pelo contato com fluidos ou materiais utilizados por pessoas contaminadas. Também é possível haver contaminação de mãe para feto ou para bebê, através da placenta ou do contato pele a pele.
Veja abaixo as respostas para 7 dúvidas sobre a varíola dos macacos! Confira!
A varíola dos macacos é uma doença nova?
Não. A varíola dos macacos, causada pelo vírus monkeypox, foi descoberta pela primeira vez por um laboratório da Dinamarca, em 1958, com a infecção em um macaco. Mas foi em 1970 que foi registrada a primeira infecção em humanos — tratava-se de uma criança da República Democrática do Congo.
Considerada uma zoonose viral, é transmitida aos humanos por animais como rato e cão-da-pradaria. Existem dois grupos de vírus da varíola dos macacos: o da África Ocidental e o da Bacia do Congo (África Central). Este último provoca quadros mais graves da doença em comparação ao outro grupo, com taxa de mortalidade de 10% ante 3,6%
A varíola dos macacos é endêmica em partes da África, que registra a maior parte dos casos e até mortes há décadas. A varíola dos macacos passou a ocupar o noticiário quando passou a ser detectada em países que normalmente não têm a doença, como na Europa.
Como ocorre a transmissão da varíola dos macacos?
A transmissão do vírus que provoca a varíola dos macacos ocorre por meio de contato próximo com lesões, fluidos corporais, gotículas respiratórias e materiais contaminados. Pode haver transmissão entre mãe e feto, por meio da placenta, e entre mãe e o bebê, no contato físico. O tempo de incubação do vírus varia de 5 a 21 dias.
Quem é o grupo de risco da varíola dos macacos?
A Organização Mundial da Saúde (OMS) afirma que qualquer pessoa pode ser contaminada pelo vírus que provoca a varíola dos macacos, independentemente de sua idade e sexualidade. Por outro lado, segundo a OMS, tem-se observado maior incidência de casos recentes entre homens gays ou bissexuais.
Autoridades de saúde do Reino Unido têm como hipótese que a transmissão ocorre durante o ato sexual. No entanto, não há evidências que façam considerar a varíola dos macacos uma doença sexualmente transmissível.
É importante reforçar que qualquer um pode portar o vírus da varíola dos macacos. Pessoas que viajam e carregam o vírus consigo, por exemplo, também podem infectar outras com quem entrem em contato.
Quais são os sintomas da varíola dos macacos e como ela age?
A varíola dos macacos tem sintomas semelhantes aos da varíola tradicional, mas com quadros menos graves. O principal sintoma da doença são erupções na pele que podem causar coceira e até doer.
A lista de sintomas inclui febre, linfonodos inchados, dores de cabeça e musculares e falta de energia. Mas a OMS descreve diferentes quadros de sintomas para casos suspeitos, prováveis e confirmados da varíola dos macacos.
- Caso suspeito — pessoa de qualquer idade, que esteja em um país onde a varíola dos macacos não é endêmica, e que apresente bolhas na pele de forma inexplicável e aguda, dor de cabeça, febre acima de 38,5ºC, linfonodos inchados, fraqueza e dores musculares, no corpo e nas costas;
- Caso provável — inclui sintomas semelhantes aos cidades acima, incluindo contato pele a pele ou com lesões na pele, com materiais contaminados ou contato sexual 21 dias antes do início dos sintomas;
- Caso confirmado — um exame laboratorial do tipo PCR (Reação em Cadeia da Polimerase, em tradução livre do inglês) confirma a detecção do vírus da varíola dos macacos.
Qual a melhor forma de tratar a varíola dos macacos?
A varíola dos macacos costuma ser autolimitada, ou seja, pode ser curada com o tempo e sem tratamento. Mas a Organização Pan-Americana da Saúde da OMS (Opas/OMS) recomenda atenção clínica para aliviar os sintomas e prevenir sequelas em longo prazo.
Algumas orientações também são importantes para lidar com a doença, como:
- Cuidar das erupções cutâneas, deixando-as secar ou cobrindo-as com um curativo úmido;
- Evitar tocar em feridas na boca ou nos olhos;
- Evitar enxaguantes bucais e colírios que tenham cortisona em sua composição.
Como se proteger da varíola dos macacos?
Autoridades de saúde orientam o uso de equipamento de proteção individual, como máscaras e luvas, e outras práticas já aprendidas com a Covid-19 para se proteger da varíola dos macacos. Uma dessas medidas é o distanciamento de pessoas infectadas.
A varíola dos macacos mata?
A varíola dos macacos não mata, mas depende. De acordo com a OMS, a varíola dos macacos é uma doença branda, que até passa sozinha. No entanto, casos mais graves da contaminação podem levar à morte.
Agora que você já esclareceu as principais dúvidas sobre a varíola dos macacos, compartilhe esse conteúdo para que mais pessoas saibam se proteger e tratar a doença!
Referências