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O diagnóstico cada vez mais frequente de Transtorno do Espectro Autista (TEA) chama a atenção também para um profissional fundamental para atender pessoas com autismo: o acompanhante terapêutico. A condição dificulta a interação social, comunicação, linguagem e comportamento dos indivíduos.
Nesse contexto, o acompanhamento terapêutico surge como instrumento de reinserção do paciente na sociedade e estímulo ao desenvolvimento de experiências e repertórios. No ambiente escolar sua presença é ainda mais importante, pois contribui para a aprendizagem do aluno.
Veja neste texto o que é o acompanhamento terapêutico e quais os benefícios desse tratamento para crianças com autismo.
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O que é acompanhamento terapêutico
O acompanhamento terapêutico é uma prática caracterizada pelo seu caráter itinerante, cujo atendimento é realizado fora do consultório, clínicas e hospitais. A abordagem surgiu da luta antimanicomial e da reforma psiquiátrica, uma vez que evita a internação do indivíduo e consequente exclusão social.
Outra característica do acompanhamento terapêutico é a carga horária adaptável à necessidade do paciente, de modo que ela não é fixa. Por outro lado, ele se sustenta pela escuta clínica e promoção do laço de confiança entre profissional e paciente.
A contratação do acompanhante terapêutico normalmente ocorre após as seguintes etapas:
- Contato do psiquiatra com uma equipe de acompanhantes terapêuticos, solicitando atendimento para seu paciente;
- Representante da equipe apresenta o plano de trabalho diretamente para a família ou para o paciente;
- As partes tomam ciência dos termos do contrato, como horas de atendimento, ritmo de trabalho por semana, número de membros da equipe, projeto específico ao caso e o valor.
O acompanhante terapêutico pode ser um psicólogo, terapeuta ocupacional ou pedagogo especializado na abordagem. Nesse último caso, a atuação é exclusiva nas escolas.
Como o acompanhante terapêutico atua nas escolas
O trabalho do acompanhante terapêutico é coletivo, especialmente nas escolas. Isso porque ele interage de forma recorrente com o paciente, sua família, seu círculo social imediato, professores e colegas de escola.
E esse profissional tem um papel essencial para o desenvolvimento de estudantes com autismo, uma vez que:
- Integra a criança com autismo no convívio com os colegas;
- Orienta a criança nas atividades em sala de aula;
- Ajuda os professores no manejo de comportamentos inadequados;
- Dá aos professores suporte para o estímulo de comportamentos adequados;
- Assegura que a criança com autismo não seja excluída de dinâmicas de aprendizagem promovidas no momento da classe;
- Utiliza métodos para facilitar a compreensão do conteúdo pedagógico passado em sala.
Do ponto de vista da subjetividade da pessoa com autismo, o acompanhamento terapêutico também promove resultados em:
- Incentivo à autonomia do paciente;
- Melhora na organização subjetiva do paciente e consequente habilidade para expressar em palavras sentimentos e pensamentos;
- Exploração conjunta do espaço público e domiciliar;
- Recursos da escuta e do deslocamento pelo espaço público para criar novos laços sociais.
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Referências