Desde 2020, com o decreto de estado de pandemia de Covid-19, uma pergunta não sai da cabeça das pessoas: quando tudo isso vai acabar? Após ao menos três novas ondas de contaminação, a única certeza é que ainda não sabemos o suficiente sobre essa doença.
Pesquisadores têm confirmado a ocorrência da chamada “Covid Longa”, caracterizada pelo prolongamento de sequelas da Covid-19 por semanas. Um estudo conduzido pela Fiocruz Minas, divulgado em maio de 2022, avaliou os efeitos da doença por 14 meses após a infecção pelo coronavírus. O resultado? Cerca de 50% dos pacientes manifestaram sintomas no médio prazo.
Mas o assunto não é novo. Em setembro de 2021, já se falava em Covid Longa. O Instituto Nacional de Estatísticas do Reino Unido (ONS, na sigla em inglês), estimava que cerca de 1,3 milhão de pessoas do país apresentavam sintomas que duravam mais de quatro semanas.
Quais são os sintomas da Covid Longa
Ainda não há um teste para diagnosticar a Covid Longa. Deste modo, o diagnóstico da doença ocorre com o descarte de outras possibilidades. No entanto, alguns sintomas são frequentemente relacionados à doença, e podem se manifestar de forma leve, moderada ou grave.
O estudo da Fiocruz Minas contabilizou 23 sintomas após o término da infecção aguda por Covid-19. O cansaço extremo, que dificulta a realização de atividades da rotina, foi a principal queixa. Mas ainda há outros sintomas, como, por exemplo:
- Tosse persistente;
- Dificuldade para respirar;
- Alteração ou perda do olfato e/ou paladar;
- Dores de cabeça frequentes;
- Insônia;
- Tontura;
- Ansiedade;
- Trombose.
Já um estudo da University College of London identificou até 200 sintomas que afetam dez sistemas de órgãos diferentes. Além dos citados acima, houve ainda a manifestação de:
- Palpitações no coração ou dor no peito;
- Problemas na memória e concentração;
- Dor nas articulações;
- Alucinação;
- Alterações na audição e visão;
- Perda de memória de curto prazo;
- Dificuldades de fala e linguagem;
- Problemas gastrointestinais e na bexiga;
- Alterações no ciclo menstrual, entre outros.
Como evitar a Covid Longa
Pesquisadores ainda não sabem determinar o que causa a Covid Longa, então não é possível estabelecer o que deve ser feito para evitar a doença. No entanto, há relatórios que indicam que as pessoas que foram vacinadas contra a Covid-19 têm menos chances de ter a Covid Longa, uma vez que o imunizante dificulta o desenvolvimento da doença.
Até então também não há tratamento à base de medicamentos com eficácia comprovada contra a Covid Longa. Sendo assim, o foco está em evitar o aumento dos sintomas já manifestados.
De todo modo, o ideal mesmo é manter os cuidados já conhecidos para evitar a infecção pelo coronavírus: usar máscaras em locais fechados, higienizar as mãos frequentemente, evitar locais cheios e se vacinar contra o coronavírus.
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