Se você sentisse as primeiras “pontadas” da dor de cabeça enquanto lê esse texto, o que faria? Recorreria diretamente à sua caixa de primeiros socorros para se automedicar ou buscaria suporte profissional?
A primeira opção é a escolha de 77% dos brasileiros, segundo dados do Conselho Federal de Medicina (CFM). Esse é o percentual de pessoas que usam medicamentos sem nenhuma prescrição médica.
Mas a chamada automedicação não é segura, pelo contrário. Ela pode até trazer alívio imediato, no entanto, pode incorrer em consequências danosas para a saúde.
Veja a seguir quais são os riscos do uso indiscriminado de medicamentos, a automedicação.
O que é automedicação
A automedicação ocorre quando o indivíduo ingere medicamentos por conta própria, sem que haja qualquer orientação ou prescrição médica. É o caso de tomar um analgésico diante de uma enxaqueca, ou um antialérgico que esteja à disposição quando numa crise de rinite, por exemplo.
Dados de um estudo da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) apontam que a automedicação predomina em um perfil específico de público:
- Pessoas do gênero feminino;
- De idade até 40 anos;
- Com alto grau de escolaridade.
Já os medicamentos mais usados sem prescrição médica são:
- Analgésicos;
- Antitérmicos;
- Anti-inflamatórios;
- Antibióticos.
A automedicação é hábito dessas pessoas em casos de cefaleia, mialgia e resfriados. E é justificado, segundo o estudo, por:
- Experiência com uso do medicamento;
- Falta de tempo para buscar ajuda médica;
- E indicação de familiares e amigos.
Embora mais prático, ingerir um medicamento sem orientação profissional pode trazer sérios riscos à saúde.
Quais os riscos da automedicação
A “falta de tempo” para buscar ajuda médica é um dos principais fatores que levam o indivíduo a optar pela automedicação, diante de um quadro de dor ou sintomas físicos que impactam sua disposição. A experiência com o medicamento já utilizado também explica esse comportamento.
No entanto, é importante se atentar para os riscos da automedicação. O principal deles é a intoxicação, que pode ocorrer por administração da dosagem incorreta. Segundo a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), 18% das mortes por envenenamento no Brasil podem ser atribuídas à automedicação.
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Outros riscos também estão atrelados ao uso indiscriminado de medicamentos. São eles:
- Diagnóstico incorreto;
- Reações adversas;
- Dificuldade para monitorar “doenças silenciosas”, como hipertensão e diabetes;
- Mascaramento de doenças em seu estágio inicial;
- Comprometimento de órgãos, como os rins;
- Aumento da resistência de bactérias no organismo;
- Dependência;
- Morte.
Há ainda a possibilidade de ocorrer sangramentos digestivos e, para o caso de medicamentos de uso familiar, contaminação cruzada. Por isso, a melhor opção é mesmo procurar atendimento médico diante de qualquer sintoma.
A telemedicina pode ser uma excelente ferramenta para pessoas que não têm tempo de se deslocar para um posto de saúde. Em plataformas como a AfroSaúde, por exemplo, é possível marcar consulta com clínicos gerais e diversas outras especialidades para obter a orientação mais adequada sobre como proceder.
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Referências