Conheça 9 tipos de ansiedade e seus principais sintomas


Sentir ansiedade é normal. O frio na barriga é uma sensação esperada diante de sitações como uma apresentação importante ou algum momento tão aguardado.

O medo de que algo dê errado é até positivo, pois nos ajudar a ficar vigilantes e a prestar mais atenção em detalhes que poderiam passar despercebidos. Mas existe um momento em que a ansiedade deixa de ser útil e passa a se tornar disfuncional: quando ela é persistente, recorrente, exagerada e prejudica atividades cotidianas.

Neste caso, a ansiedade pode se apresentar de modos distintos. Entre os 9 tipos de ansiedade mais conhecidos atualmente, os sintomas variam entre manifestações físicas e sintomas emocionais.

Continue a leitura para conhecer os tipos de ansiedade e seus principais sintomas!

Como entender a ansiedade

Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) indicam que o Brasil é o país com mais casos de ansiedade em todo o mundo. Segundo o levantamento, 9,3% da população sofre com o problema, percentual que representa o triplo da média mundial. Mas como entender o que é a ansiedade

Os transtornos de ansiedade se caracterizam pelo medo excessivo e persistente diante de um perigo real ou imaginado pelo indivíduo. Embora positiva no dia a dia, a ansiedade se torna um transtorno quando se repete com frequência e atrapalha atividades cotidianas. 

A preocupação persistente é uma das manifestações mais comuns da ansiedade, e geralmente vem acompanhada de taquicardia, sudorese e dores na barriga. Por outro lado, esse estado de alerta recorrente desencadeia processos orgânicos que fragilizam o organismo e impactam o corpo físico com dores de cabeça, dores musculares, dores no peito, hiperventilação, boca seca, náuseas, tremores, entre outros. 

Mas nem todos os transtornos de ansiedade apresentam todos esses sintomas. Veja a seguir quais são os tipos de ansiedade e suas principais características

Quais são os tipos de ansiedade

Transtorno de Ansiedade Generalizada

É um dos tipos mais comuns de ansiedade. Ocorre quando há preocupação excessiva com questões do dia a dia, manifestada na maioria dos dias, por pelo menos seis meses. Além do sofrimento psíquico que provoca, impacta atividades cotidianas e causa cansaço, tensão muscular, insônia, palpitação, dificuldade de concentração, irritabilidade e sensação de “nervos à flor da pele”.

Ansiedade social

O medo do julgamento negativo ou de rejeição é a principal característica da ansiedade social. É comum as pessoas se sentirem constrangidas com atividades simples, como comer, beber água e até mesmo pedir uma informação, por acreditarem que estão sendo avaliadas pelos desconhecidos. 

Normalmente, o indivíduo que sofre de ansiedade social é temeroso, evita interações sociais e imagina, a todo tempo, que será humilhado ou que ofenderá alguém com suas atitudes. 

Fobias

O medo de cobras ou de subir a determinada altura é o exemplo mais comum desse transtorno de ansiedade. As fobias representam o medo que não corresponde à realidade da ameaça, nem encontram respaldo em experiências anteriores do indivíduo, e por isso são, muitas vezes, irracionais. Uma característica das fobias é o sentimento de apreensão ou atitude fugitiva diante de objetos e situações relacionados à fobia.

Transtorno de pânico

É a manifestação física da ansiedade, propriamente dita. Os ataques de pânico são recorrentes e inesperados, podendo ser desencadeados por um episódio específico ou de forma espontânea, sem uma razão conhecida. É comum que pessoas com essa condição sintam desconforto no peito, como se estivesse tendo um ataque cardíaco; falta de ar, sudorese e tremor. Há relatos também da sensação de “estar enlouquecendo”.

Os ataques de pânico são abruptos e atingem o pico em poucos minutos.

Transtorno Obsessivo-Compulsivo (TOC)

O TOC envolve pensamentos repetitivos, persistentes, fixos e desconfortáveis. Tanto que a pessoa sente que deve fazer algo sobre o que é objeto de sua imaginação. É o que ocorre, por exemplo, com quem tem o medo excessivo de se contaminar com algum germe e tem “mania” de higienizar as mãos com frequência.

Agorafobia

Esse transtorno de ansiedade tem como gatilho estar em locais com muitas pessoas, por desencadear o medo exagerado de a pessoa desfalecer e não conseguir ser socorrida. Normalmente, pessoas com agorafobia temem usar transporte público, estar em espaços abertos ou fechados, ficar em filas ou estar no meio de multidão, ou ainda estar fora de casa sozinho em situações diversas. 

Uma característica determinante é a insegurança ser desproporcional ao perigo real daquela situação.

Mutismo seletivo

Comum em crianças, o mutismo seletivo é caracterizado pela impossibilidade de falar em situações específicas. Embora de rara incidência, prejudica conquistas profissionais e impacta na sociabilidade. Nos casos decorrentes de ansiedade, o mutismo seletivo dura ao menos um mês.

Estresse pós-traumático

É desencadeado por um episódio traumático, como acidente, assalto ou perda de um ente querido. Nos casos de crise de ansiedade desse tipo, o indivíduo manifesta sintomas como falta de ar, taquicardia e sudorese. Há também a sensação de medo constante ao relembrar a situação traumática.

Ansiedade de separação

O medo de estar longe de alguém querido e a preocupação excessiva sobre perdas ou perigos envolvendo essas pessoas caracterizam a ansiedade de separação. Em crianças e adolescentes, esse medo dura ao menos quatro semanas. Já em adultos, passa a ser preocupante se isso se repetir por seis meses.

O pensamento persistente de que algo pode acontecer e levar à separação da pessoa querida pode impedir que o indivíduo queira sair ou se afastar de casa, além de relutância em ficar sozinho. Há manifestação de dores de cabeça, dores abdominais, náuseas e/ou vômitos quando a separação ocorre ou é prevista. 

O que fazer para tratar a ansiedade

Os transtornos de ansiedade são diagnosticados clinicamente por um psiquiatra. Além da frequência com que os sintomas ocorrem, também é considerado o histórico do paciente. O médico deve descartar que os sintomas sejam causados por efeitos fisiológicos do uso de alguma substância ou medicamento, ou se são decorrentes de alguma condição médica ou transtorno mental.

Uma vez dado o diagnóstico, o tratamento pode ser conduzido com uso de medicamentos controlados e psicoterapia. Neste último, o indivíduo é orientado sobre como lidar com seus sintomas, entender as causas da ansiedade e conhecer melhor a si mesmo.

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Referências

Portal Terra

UOL 

Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais DSM-5


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