Covid-19, burnout e mais: conheça as novas doenças ocupacionais do Brasil


Foto de Ono Kosuki

O Ministério da Saúde atualizou a lista de doenças relacionadas ao trabalho. O documento, criado há 25 anos, passou a incluir 165 novas patologias que afetam a integridade física e mental do profissional. Com isso, o número de doenças saltou de 182 para 347.

A lista de doenças relacionadas ao trabalho é composta por duas partes. Na primeira, há os riscos para o desenvolvimento das doenças. Já a segunda estabelece as doenças para identificação, diagnóstico e tratamento.

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Segundo especialistas, a atualização do Ministério da Saúde amplia as chances de trabalhadores afastados conseguirem estabilidade de 12 meses após a alta médica. Conforme a legislação trabalhista, o afastamento por doença relacionada ao trabalho garante auxílio-doença acidentário e impede o empregador de demitir o funcionário sem justa causa no período de 12 meses.

Veja abaixo quais são as novas doenças ocupacionais:

  • Síndrome de Burnout;
  • Covid-19;
  • Ansiedade;
  • Depressão;
  • Tentativa de suicídio;
  • Uso de sedativos, canabinoides, cocaína e cafeína;
  • Cânceres;
  • Rinites;
  • Conjuntivite;
  • Infecção localizada na pele;
  • Asma;
  • Doenças pulmonares;
  • Gastroenterites;
  • Infertilidade feminina, entre outras.

Confira aqui a lista completa das novas doenças ocupacionais.

De acordo com o Ministério da Saúde, as mudanças atenderão a toda a população trabalhadora, sendo rural ou urbana, e independentemente da forma de inserção no mercado de trabalho — se no mercado formal ou informal.

Casos de doenças ocupacionais no Brasil

Entre 2007 e 2022, o Sistema Único de Saúde (SUS) atendeu cerca de 3 milhões de casos de doenças ocupacionais. Conforme dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan) do Ministério da Saúde:

  • 52,9% das notificações eram relacionadas a acidentes de trabalho grave;
  • 26,8% das notificações foram geradas pela exposição a material biológico;
  • 12,2% foram casos relacionados a acidentes com animais peçonhentos;
  • 3,7% dos casos foram lesões por esforços repetitivos (LER) ou distúrbios osteomusculares relacionados ao trabalho.

Até novembro de 2023, já haviam sido registrados 380 mil casos de doenças ocupacionais.

Referências

Ministério da Saúde
G1


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