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As hepatites virais são mais comuns do que se pode imaginar. Dados do Ministério da Saúde apontam que em 21 anos o Brasil notificou 718.651 casos de hepatites virais.
A contaminação ocorre de diferentes meios, e caracteriza o tipo (ao todo são cinco), o tratamento e a gravidade do quadro. A hepatite C, por exemplo, transmitida principalmente pelo sangue, é responsável por 280 mil diagnósticos, entre os notificados de 2000 a 2021. Além disso:
- Representa maior frequência de evolução crônica;
- É a maior causa de morte entre as hepatites virais (62,6 mil entre 2000 e 2020);
- E é a principal causa de transplante de fígado.
Veja a seguir algumas informações importantes sobre as hepatites virais.
Quais são as hepatites virais
A hepatite é uma inflamação do fígado que pode ser causada por vírus, bactérias, uso de substâncias ou outras condições de saúde. Muitas vezes as hepatites virais são assintomáticas, no entanto, quando os sintomas aparecem costumam ser:
- Cansaço;
- Febre;
- Mal-estar;
- Tontura;
- Enjoo;
- Vômito;
- Dor abdominal;
- Pele e olhos amarelados;
- Urina escura;
- Fezes claras.
Atualmente, são 5 os tipos de hepatites reconhecidas atualmente, e três delas são as mais comuns: as hepatites A, B e C. Destas, a hepatite C é a mais expressiva, pois:
- Maior frequência de evolução crônica;
- Foram registrados quase 280 mil casos no Brasil entre 2000 e 2021, segundo o Ministério da Saúde;
- Os óbitos por hepatite C são a maior causa de morte entre as hepatites virais: 62,6 mil entre 2000 e 2020.
Tipos, sintomas e tratamento das hepatites virais
Hepatite A
Infecção leve e mais comum, está relacionada às condições de saneamento básico e higiene. Se cura sozinha.
O tratamento da doença, que está relacionada às condições de saneamento básico e higiene, consiste basicamente em repouso e dieta conforme aceitação alimentar do paciente.
Hepatite B
A segunda com maior incidência, é transmitida por via sexual e contar sanguíneo. A doença pode evoluir para cirrose, câncer de fígado e até necessidade de transplante.
O tratamento varia entre acompanhamento ambulatorial, repouso, medicação e atendimento especializado.
Hepatite C
É considerada a maior epidemia da humanidade hoje, superior até que a AIDS/HIV. A forma de transmissão mais comum é o contato com o sangue. Essa doença é a principal causa de transplantes de fígado.
Pode evoluir para cirrose, câncer, transplante e até morte. Seu tratamento é o mais complexo, conforme resultados de exames solicitados. Chance de cura varia de 50% a 80%.
Hepatite D
Ocorre apenas em pacientes infectados pelo vírus da hepatite B, mas também pode evoluir para cirrose. O tratamento varia: se hepatite aguda, submeter-se a atendimento ambulatorial; se crônica, tratamento deve ser em ambulatório especializado.
Hepatite E
É transmitida por via digestiva, ou seja, de forma fecal-oral. O repouso é o tratamento mais recomendado nesse quadro, além de alimentação conforme apetite do paciente.
Como evitar contaminação pelas hepatites virais
A principal forma de evitar a contaminação por hepatites virais, especificamente os tipos A e B, é cumprindo o ciclo vacinal. Essas vacinas estão inseridas no Calendário Nacional de Vacinação do Sistema Único de Saúde (SUS), e são oferecidas gratuitamente.
No entanto, ainda não há vacina para todos os tipos do vírus, então, cuidados com a transmissão e higiene precisam ser tomados. Isso inclui:
- Usar preservativo durante as relações sexuais;
- Não compartilhar objetos de uso pessoal, como lâminas, alicates e seringas;
- Usar material descartável ao fazer piercings e tatuagens;
- Higienizar alimentos corretamente.
Quanto à hepatite C em particular, é importante realizar o teste rápido para a infecção, também disponibilizado no SUS e o resultado sai na hora.
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Referências
Ministério da Saúde
Biblioteca Virtual do Ministério da Saúde