O que fazer para evitar a comunicação agressiva e violenta no trabalho


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Pressão e prazos apertados são realidade em muitas áreas. O estresse é resultado incontestável e influencia todas as relações da equipe, especialmente por causa dela: a comunicação.

A agressividade no tom de voz, mesmo que não haja intenção em ferir o outro, impacta de forma significativa como o outro se sente naquele ambiente — muitas vezes, hostilizado e intimidado. Em equipes de tecnologia da informação (TI), por exemplo, são queixas comuns: ataque à dignidade, baixa autoestima, medo de errar, insegurança diante das falhas e microagressões.

Nesse contexto, a comunicação não-violenta é uma ferramenta poderosa para evitar a agressividade no dia a dia do trabalho. Continue a leitura para saber como aplicar esse método na sua realidade!

Por que a comunicação não-violenta é tão eficaz

A comunicação não-violenta (CNV) é uma prática cujo objetivo é gerar mais compreensão e colaboração nas relações. A premissa desse método é nos comunicarmos a partir de quatro focos de atenção: observação, sentimentos, necessidades e pedidos.

Quem sistematizou a CNV foi o psicólogos Marshall Rosenberg, inspirado nos trabalhos de resistência não-violenta de Gandhi e Martin Luther King. O trabalho foi publicado no livro ‘Comunicação Não-Violenta – Técnicas para aprimorar relacionamentos pessoais e profissionais’.

Sobre o tema, o Instituto CNV Brasil esclarece que é muito mais do que “jeito certo de falar”:

“A comunicação não-violenta vai te levar a enxergar a sua relação consigo mesmo e com os outros de maneira mais consciente e empática, com práticas que podem ser simples e ao mesmo tempo revolucionárias”.

Como aplicar a comunicação não-violenta no dia a dia

Segundo Marshall Rosenberg, a comunicação não-violenta se sustenta em quatro pilares. Continue a leitura para saber quais são eles e como aplicá-los no seu dia a dia.

  • Observação

Descreva os fatos, o que aconteceu. Para ajudar, detalhe de forma que qualquer pessoa que testemunhasse a situação também contaria, ou que uma foto ou filmagem registraria.

Esse é o ponto de partida para que você e o interlocutor estejam na mesma realidade. Assim, é mais fácil ter uma conversa com chances de culminar na resolução de problemas.

  • Sentimentos

Este é o momento de dizer como você se sente diante do desconforto. Importante esclarecer que, aqui, não é o que você pensa (julgamento ou avaliação), mas o que você sentiu após o acontecido. Na CNV, os sentimentos são mensageiros das necessidades humanas universais, tendo sido elas atendidas ou não.

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  • Necessidades

As necessidades são humanas e universais, ou seja, são compartilhadas por todas as pessoas, independentemente de classe social, idade, gênero e lugar em que viveu. São as necessidades que nos levam a fazer, falar e escolher, segundo o Instituto CNV Brasil.

Reconhecer as necessidades ajuda a entender que a outra pessoa pode estimular a forma como nos sentimos, mas a causa do nosso sentimento está nas nossas necessidades. Essa consciência torna mais fácil falar, ser compreendido e chegar a soluções possíveis para o incômodo.

  • Pedidos

É a maneira como gostaríamos que nossas necessidades fossem atendidas. Faça pedidos claros e específicos, para que o outro seja capaz de entender o que priorizamos e como podem contribuir para nosso bem-estar. Também é o momento de ouvir se a pessoa quer ou não atender ao que pedimos.

Por que a CNV é importante no trabalho

Como a comunicação não-violenta prioriza a escuta e compreensão de sentimentos e necessidades, pode ser eficaz no dia a dia profissional por fortalecer a conexão entre os membros da equipe. Se usarmos como exemplo a área de TI, os benefícios de uma comunicação mais respeitosa e empática incluem:

  • Redução de conflitos;
  • Diminuição de atritos e melhora no clima organizacional;
  • Mais produtividade da equipe;
  • Eficácia na resolução de problemas;
  • Diminuição do mal-estar e do risco de Burnout.

Como aplicar a comunicação não-violenta no trabalho

Tomando como base os quatro componentes propostos por Marshall Rosenberg, psicólogo que sistematizou a comunicação não-violenta, alguns exercícios podem ajudar a aplicá-la no dia a dia. Antes da tão desejada conversa, pare e tente responder:

  • O que, de fato, aconteceu? Distanciando-se emocionalmente da situação, descreva o que foi feito e/ou dito.
  • O que você está sentindo? Identifique as emoções que o fato te despertou.
  • O que é importante para você? Liste as suas necessidades que não foram atendidas na ocasião.
  • Qual o próximo passo? É o momento de dizer ao outro o que você gostaria que fosse feito, ou seja, seu pedido.

Lembre-se de praticar a escuta ativa, deixando que o outro também se explique. Além disso, evite acusar ou culpar o outro; foque em seus sentimentos e necessidades.

Referências

*Artigo feito com suporte de inteligência artificial Gemini
Instituto CNV Brasil


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