O que você precisa saber para não ser capacitista com pessoas surdas


Foto de Nicola Fioravanti na Unsplash

Assim como ocorre com qualquer marcador social no sistema de crenças da corponormatividade, ainda há muitos equívocos quanto à forma de tratar pessoas surdas. O capacitismo leva a ideias erradas sobre o dia a dia de surdos, a generalizações quanto à sua existência e à exclusão da vida social.

A crença de que todas as pessoas surdas são mudas é um exemplo desse preconceito. Além disso, há a crença de que todos os surdos gostam das mesmas coisas, ou que são todos iguais.

E é essa multiplicidade de formas de existir que deve ser levada em conta na inclusão de pessoas surdas, principalmente na construção de espaços capazes de acolher as diferentes formas de existir no mundo em sua totalidade.

Veja a seguir o que você precisa saber para não ser capacitista com pessoas surdas.

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Como não ser capacitista com surdos

Em uma sociedade preconceituosa como a que vivemos, reproduzimos falas e atitudes que subjugam as diferentes formas de existir. Por esse motivo, é importante que estejamos atentos a esses comportamentos, para não mais repeti-los.

Veja como não ser capacitista com pessoas surdas:

Pare de usar frases como “Você está surdo?”

Ao invés de se referir dessa forma a alguém que não entendeu algo que foi dito, substitua a frase por “Você não prestou atenção?”.

Surdez não significa mudez

Entenda que nem todo surdo é mudo, pois, embora não consigam escutar, pessoas surdas podem desenvolver a fala com suporte de fonoaudiólogo.

Pessoas surdas não são “nervosas”

Embora as barreiras de comunicação sejam estressores para essa população, pessoas surdas enfatizam a expressão facial e usam gestos, como a Língua Brasileira de Sinais (Libras), para se comunicar.

Nem todos usam Libras

Não é regra que todas as pessoas surdas usam Libras. Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (2019) mostram que 97% das pessoas surdas não usam essa língua.

Não grite, nem toque para se comunicar

Evite gritar para se comunicar com uma pessoa surda. O ideal é articular bem os lábios, estar no campo visual da pessoa e buscar outras formas de se comunicar para além da oralização compulsória. Também evite tocar uma pessoa surda para chamar sua atenção, pois seu corpo não é violável. Ao invés disso, chame a atenção de outra maneira.

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Referências

Deficiente Online

Click Inclusão

Crônicas da Surdez


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