Imunoterapia, drogas-alvo: o que há de novo no tratamento contra o câncer

Foto de National Cancer Institute em Unsplash

Foto de National Cancer Institute na Unsplash

Falar em câncer ainda assusta, mas é preciso. Num país que deve diagnosticar 704 mil casos de câncer por ano entre 2023 e 2025, segundo o Instituto Nacional de Câncer (Inca), não podemos deixar esse assunto de lado.

Inclusive porque o diagnóstico de câncer não deve mais ser visto como um atestado de morte, pelo contrário. As últimas décadas têm sido de avanço no tratamento da doença.

A principal delas é a medicina de precisão, em que o oncologista direciona o tratamento conforme a necessidade específica do paciente. A ideia é oferecer soluções individuais, pois trazem resultados mais efetivos e redução de efeitos colaterais.

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Continue a leitura para conhecer o que há de novidade no tratamento contra o câncer.

Dados de câncer no Brasil

O câncer é uma das principais causas de morte em todo o mundo. Na maioria dos países, segundo relatório do Instituto Nacional do Câncer (Inca), é a primeira ou segunda causa de morte prematura, antes dos 70 anos.

No Brasil, em particular, a expectativa é de haver 704 mil novos casos de câncer entre 2023 e 2025; se excluídos os cânceres de pele não melanoma, o número cai para 483 mil. Apesar da maior disponibilidade de informações e registros da doença, os números ainda são elevados.

Veja a seguir os que mais preocupam as autoridades — o câncer de pele não melanoma é o mais incidente, com estimativa de 220 mil novos casos.

Câncer de mama

É o mais incidente no país e em todas as regiões brasileiras, sem considerar os tumores de pele não melanoma. A estimativa é de 73.610 novos diagnósticos no triênio 2023 a 2025. O maior risco estimado é observado na região sudeste, de 84,46 por 100 mil mulheres.

No mundo, o câncer de mama é a principal causa global de incidência, com 11,7% dos casos. Em 2020, foram 2,3 milhões de novos casos, equivalente a 24,5% de todos os cânceres em mulheres — excluído o câncer de pele não melanoma

Câncer de próstata

É considerado o câncer da terceira idade, pois 75% dos novos casos no mundo ocorrem a partir dos 65 anos. A estimativa é de 71.370 novos casos no triênio 2023 a 2025, segundo o Inca.

Mundialmente, esse câncer é o quatro mais frequente (7,3%), e em 2020 foram registrados 1,4 milhão de novos casos, ou 15,2% de todos os casos de câncer entre homens

Câncer de cólon e reto

É o terceiro tipo de câncer mais frequente no Brasil, sem considerar os tumores de pele não melanoma. O Inca estima 45.630 novos casos no triênio entre 2023 a 2025; o segundo mais incidente em homens.

Os principais fatores de risco são sedentarismo, obesidade, consumo regular de álcool e tabaco, além de baixo consumo de fibras, vegetais, frutas e carnes magras

Outros tipos que preocupam

Os demais cânceres com maior incidência estimada são: traqueia, brônquio e pulmão, 32.560 casos estimados; estômago, com 21.480 casos; colo do útero, com 17.010; tireóide, com 16.660; cavidade oral, com 15.100; linfoma não Hodgkin, com 12.040; e leucemias, com 11.540.

O que há de novo no tratamento contra o câncer

A personalização de terapias é a principal aposta de cientistas para o tratamento contra o câncer. Segundo esta técnica, são coletados os linfócitos do paciente para “ensiná-los”, por meio de engenharia genética, o que eles devem atacar. Essa técnica já atendeu 14 pacientes no Brasil, e tem como alvo os cânceres leucemia linfoblástica B, linfoma não Hodgkin de células B e mieloma múltiplo.

Veja a seguir as novidades no tratamento contra o câncer:

  • Imunoterapia e medicina molecular;
  • Aperfeiçoamento da radioterapia;
  • Drogas-alvo, para atuar diretamente no tumor e não em células saudáveis — diminuindo os efeitos adversos;
  • Engenharia genética, para substituir os linfócitos do paciente;
  • Vacinas oncológicas — além daquelas ligadas a vírus, como HPV (câncer de colo de útero) e hepatite B (câncer de fígado).

Referências
INCA
Futuro da Saúde
G1


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