Síndrome do Avestruz: quando problemas se tornam a melhor coisa do seu trabalho


Foto de Ayo Ogunseinde na Unsplash

Já ouviu falar em um hábito curiosos dos avestruzes? Dizem por aí que essa espécie tende a enterrar a cabeça na areia quando está com medo — na verdade, estudos apontam que eles aproximam a cabeça do chão para escutar a aproximação de algum predador.

Independentemente da motivação, o comportamento foi utilizado pelo pesquisador Joaquim Santini para representar uma série de sentimentos relacionados ao mercado de trabalho que têm um único propósito: evitar situações ameaçadoras.

O próprio Santini descreveu o que chama de “Síndrome do Avestruz” em uma publicação no LinkedIn: “[…] termo utilizado para descrever o comportamento de ignorar situações desconfortáveis, problemas ou ameaças, sem enfrentá-los de maneira adequada”.

Continue a leitura para conhecer mais a Síndrome do Avestruz e como evitá-la.

Quais são os sinais da Síndrome do Avestruz

A Síndrome do Avestruz é um comportamento comum ao mundo profissional, e reflete o desconforto dos profissionais para encarar situações desafiadoras e que os tirem de sua zona de conforto. Em vez de “enterrarem a cabeça na areia”, essas pessoas ignoram, fecham os olhos, fingem que não há nada de errado e adiam o máximo as soluções que devem tomar.

Normalmente, a Síndrome do Avestruz tem motivações nítidas, que refletem não só inseguranças individuais, mas a falta de segurança psicológica do próprio ambiente de trabalho.

No aspecto individual:

  • Medo do confronto e suas possíveis repercussões negativas;
  • Falta de confiança em si mesmo;
  • Medo de errar;
  • Dificuldade para se comunicar;
  • Baixa autoestima.

No trabalho:

  • Sobrecarga de tarefas;
  • Acúmulo de responsabilidades;
  • Exaustão física e mental;
  • Falta de reconhecimento;
  • Ambiente de trabalho tóxico.

Quais as consequências da Síndrome do Avestruz

A Síndrome do Avestruz é inofensiva à saúde física do indivíduo e alguns diriam até que ignorar o entorno faz bem à saúde mental também. No entanto, esse comportamento é profundamente danoso à carreira profissional.

Isso porque se esconder dos problemas pode até diminuir o estresse em um primeiro momento, mas também impede o aprendizado, trava o crescimento profissional e limita as oportunidades de promoção e desenvolvimento.

Além disso:

  • A procrastinação gera sentimento de angústia e ansiedade, aumentando, assim, o estresse no médio prazo;
  • Prejuízo na relação com colegas e superiores, já que cada vez mais o indivíduo se isola do dia a dia profissional;
  • Ao fugir de situações desconfortáveis, o indivíduo pode perder a confiança de colegas e superiores;
  • Sem o sentimento de fazer parte da equipe, sem desenvolvimento profissional e com a imagem abalada, a tendência ao surgimento de depressão, síndrome do pânico e burnout.

Percebe como não compensa fingir que os problemas não existem e, por outro lado, se posicionar pode valer a pena?

Como superar a Síndrome do Avestruz

Se você reconheceu um dos sinais e até se identificou com as consequências da Síndrome do Avestruz, saiba que é possível recalcular a rota e passar a encarar o desconforto comum às rotinas profissionais. Pode não ser fácil começar a colocar as mudanças em prática, mas é importante não desistir diante das dificuldades.

Entender que a Síndrome do Avestruz existe e está atrapalhando seu desenvolvimento profissional é o primeiro passo. Em seguida, busque ajuda profissional para te auxiliar a identificar as motivações e lidar com esses fatores de forma eficaz.

Em paralelo a isso, você pode também:

  • Aprender a se comunicar de forma objetiva e clara;
  • Estabelecer práticas de autocuidado, como alimentação balanceada e prática de exercícios físicos;
  • Ser proativo no trabalho, se envolvendo com projetos e demonstrando disposição para novas responsabilidades;
  • Manter-se sempre em contato com amigos e a família, para fortalecer seus laços de afeto;
  • Perceber que errar faz parte do processo de aprendizado e isso não é motivo para as pessoas que te amam e te respeitam abandonarem você.

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Referências

*Artigo feito com suporte de inteligência artificial Gemini
LinkedIn
Exame


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