Síndrome de Down: como incluir pessoas com essa deficiência no mercado de trabalho


Foto de Andres Ayrton/Pexels

Ninguém deve ser impedido de trabalhar devido à deficiência que apresentar, seja ela qual for. É isso o que determina o Estatuto da Pessoa com Deficiência, mas, infelizmente, ainda não é realidade para a maioria das pessoas em tais condições.

A inclusão de pessoas com Síndrome de Down, por exemplo, é um desafio para as empresas. Tem havido avanços, mas algumas barreiras ainda são impostas a esse grupo. É o caso, por exemplo, da alfabetização, de processos seletivos adaptados e do manejo da empresa em relação a essas pessoas.

Neste artigo, discutimos soluções que podem ajudar na inserção de pessoas com Síndrome de Down no mercado de trabalho. Continue a leitura!

Realidade brasileira

A diversidade no ambiente de trabalho traz ganhos para todos os envolvidos. As pessoas, pois desenvolvem autonomia e independência; às empresas, que potencializa sua capacidade de ação e alcance a novos clientes; à sociedade, que se desenvolve como um todo e tira da marginalidade pessoas que podem ser produtivas e agregar ao convívio social.

No caso de pessoas com deficiência, algumas legislações e resoluções orientam a contratação desse grupo.

  • O artigo 27 da convenção da Organização das Nações Unidas (ONU) sobre os direitos das pessoas com deficiência define que todos têm direito a oportunidades iguais de trabalho.
  • O artigo 34 do Estatuto da Pessoa com Deficiência, por exemplo, estabelece o direito ao trabalho de livre escolha, em um ambiente inclusivo e acessível, em igualdade de oportunidade com os demais funcionários;
  • A Lei nº 8.213/91 estabelece vagas para pessoas com deficiência, sem distinção salarial e em um ambiente laboral acolhedor, nas empresas com 100 empregados ou mais.

Mas é difícil estimar, hoje, quantas pessoas com Síndrome de Down estão empregadas. O Censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística não diferencia a condição das outras deficiências, por exemplo.

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Por outro lado, dados do órgão apontam que apenas 5,3% das pessoas com deficiências mentais (como é o caso do Down) estão empregadas. O grupo mais absorvido pelo mercado de trabalho são as pessoas com deficiência visual (37%).

Como promover a inclusão de pessoas com Síndrome de Down

Especialistas apontam que a falta de informação sobre a Síndrome de Down é o principal motivo que leva à não contratação de pessoas com essa condição. Ainda perduram mitos, como aquele segundo o qual pessoas com Down têm dificuldade de aprender ou precisam de acompanhamento a todo tempo.

O primeiro passo para promover a inclusão de pessoas com Síndrome de Down é, justamente, entender que cada um tem sua individualidade: características, personalidade, grau de deficiência, capacidade intelectual e sociabilidade, por exemplo. O que deve existir é o respeito à sua singularidade, tanto para conseguir o emprego quanto para realizar suas tarefas.

Por esse motivo, é importante garantir:

  • Acessibilidade física, sem barreiras que possa atrapalhá-los;
  • Metodologia de treinamento adequada às suas necessidades de aprendizado;
  • Combate ao preconceito e discriminação por parte dos membros da empresa;
  • Inclusão de recursos que aumentem autonomia, independência e qualidade de vida laboral do funcionário com Down;
  • Combate ao viés inconsciente sobre pessoas com deficiências;
  • Combate ao capacitismo, a partir do reconhecimento de práticas que o caracterizam e ações reparadoras;
  • Treinamento dos colaboradores para receber e tratar adequadamente a pessoa com deficiência;
  • Acolhimento da pessoa com Síndrome de Down.

É essencial que as empresas abram as portas para a diversidade. E a AfroSaúde sabe como elaborar estratégias adequadas para receber pessoas com deficiência. Entre em contato para saber como podemos te ajudar: contato@afrosaude.com.br.

Referências

GUFE

Incluo

Diário de Pernambuco

Síndrome de Down: trabalho e práticas de inclusão

Senac

CESD

Terra

G1


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